Por Tiago Miranda Costa em Marketing na Saúde | Postado em 1 de abril de 2019
Cada vez mais o uso da inteligência artificial para clínicas é uma realidade. A área da saúde é uma das que mais têm se beneficiado com esse avanço tecnológico, permitindo que os profissionais ofereçam um cuidado melhor aos pacientes, além de trabalharem de forma mais assertiva.
Para quem pensa que a inteligência artificial é coisa de ficção científica, é preciso rever seus conceitos. Afinal, existem grandes empresas da área que estão investindo pesado nesse tema e ofertando uma série de soluções bem interessantes.
Por isso, quem trabalha no setor acredita que, dentro de poucos anos, a inteligência artificial será indispensável para o funcionamento e o sucesso das clínicas médicas e odontológicas.
Ainda não acredita? Veja os usos surpreendentes que já estão disponíveis no mercado e modernize o seu negócio!
Diagnosticar corretamente um paciente é imprescindível na área da saúde.
Mas, nem sempre essa é uma tarefa simples. Afinal, é preciso que o profissional esteja bastante atualizado, solicite os exames corretos e se lembre de todas as possibilidades – o que pode ser difícil quando se depara com uma situação fora da rotina.
Nesses casos, a inteligência artificial é uma grande aliada.
Pesquisadores brasileiros da USP já estão usando supercomputadores com uma alta capacidade de processamento de dados e aprendizagem.
Dessa forma, é possível agilizar o diagnóstico de doenças como zika, dengue e chikungunya usando sistemas que detectam padrões das enfermidades e ajudem na tomada de decisões.
Outra evolução que merece destaque é o Watson, da IBM.
O supercomputador é capaz de oferecer mais precisão nos tratamentos de pacientes com câncer.
A máquina consegue interpretar dados dos testes genéticos com mais rapidez e precisão que os métodos manuais.
Além disso, ele acessa um super banco de dados para entender quais tipos de tratamentos foram usados para a condição do paciente e as maiores taxas de sucesso. Isso ajuda os médicos a escolherem pelos tratamentos mais adequados e capazes de trazerem resultados positivos aos pacientes.
O robô Laura é o primeiro do mundo desenvolvido com inteligência artificial e capaz de gerenciar riscos, otimizando o trabalho em diversos ambientes.
Laura funciona da seguinte maneira: ela analisa os dados disponíveis, entende e conversa diariamente com a área operacional de uma instituição. Dessa forma, consegue saber como poderá auxiliar e facilitar o dia a dia dentro da corporação.
Seu principal objetivo é encontrar falhas operacionais e informar as pessoas responsáveis a tempo, poupando recursos e até vidas. No ramo da saúde existem algumas aplicações específicas da Laura que são:
Essa é uma novidade que já está sendo testada na China. Chamadas de Ping an Good Doctor, as clínicas realizam o atendimento completo do paciente (desde o diagnóstico até a medicação) em apenas 1 minuto.
Para isso, são usados computadores com inteligência artificial para clínicas que substituem os funcionários humanos.
As máquinas pesquisam os sintomas em um banco de dados com mais de 2 mil doenças comuns. No software também estão os principais diagnósticos e tratamentos.
Assim, a partir de uma análise com duração de 1 minuto, a máquina identifica a situação do paciente e orienta o tratamento mais adequado. Se houver a necessidade de uso de medicação, as unidades contam com 100 categorias de remédios estocados.
Caso a medicação esteja indisponível, o paciente poderá solicitá-la pelo aplicativo da empresa.
O sistema foi produzido pelos médicos da desenvolvedora em parceria com mais de 200 especialistas em inteligência artificial. Depois da consulta, de forma remota, um médico humano e experiente entra em contato com o paciente para dar mais orientações e recomendações complementares, além de verificar a assertividade do diagnóstico.
Os planos de expansão do negócio são bem ambiciosos e atualmente a companhia está construindo mais de mil das clínicas de 1 minuto em toda a China.
Outro exemplo parecido é o AIM, uma clínica autodirigível sem funcionários.
Ela funciona como uma espécie de “cabine” na qual os pacientes descrevem seus sintomas e a máquina faz a análise da situação.
Além disso, a clínica possui sistemas de termografia computadorizada e um assento que fornece a análise acústica de respiração e ritmo cardíaco.
As unidades também conseguem medir peso, IMC, postura e equilíbrio.
A ideia é que a clínica móvel seja usada por pacientes com casos mais simples, evitando que a doença se agrave por não ter tempo de esperar em hospitais ou clínicas lotadas, tornando a saúde mais acessível.
Se as ideias anteriores lhe pareceram muito fora da realidade, saiba que existem aplicações mais simples da inteligência artificial para clínicas. Mas que, igualmente, trazem benefícios aos profissionais e pacientes.
Um exemplo bem bacana é o uso de aparelhos de monitoramento com inteligência artificial. Assim, eles conseguem notificar o médico, em tempo real, sobre as modificações no estado de saúde do paciente.
Diante disso, o profissional da saúde consegue registrar a alteração no prontuário e ainda promover um atendimento mais rápido e eficaz.
Isso é extremamente interessante especialmente em casos de urgência e emergência, no qual o tempo de atendimento é prioridade para salvar vidas.
Pensando em transformar a relação entre profissionais da saúde e pacientes, a inteligência artificial também tem sido usada nas assistentes virtuais. Elas funcionam nas mídias e aplicativos de troca de mensagens das clínicas e ajudam a interagir com os visitantes tirando dúvidas, agendando consultas, remarcando horários e muitas outras ações.
Esses sistemas funcionam como chats online. Mas, ao invés de serem operados por humanos, são totalmente automatizados.
Dessa maneira, o paciente que visita o site da sua clínica ou a rede social, pode conversar com um robô atendente que conseguirá realizar uma série de procedimentos imediatamente, sem fila de espera, 24 horas por dia, no momento em que o paciente deseja ser atendido.
Para o paciente, esse sistema traz muito mais facilidade, já que ele não terá que ligar ou ir até o seu consultório no horário comercial. E para os médicos e profissionais da saúde, é uma maneira de automatizar essa função, evitando sobrecarregar seus atendentes e evitando até perder pacientes por falta de um atendimento imediato.
Além de agendar consultas (que são sincronizadas com a sua agenda), a assistente virtual pode oferecer informações sobre pré-consultas, exames, pós-operatórios e outras dúvidas corriqueiras como valores, endereço do consultório, horário de atendimento, preços, planos atendidos, entre outras.
Como você viu, a inteligência artificial para clínicas já é uma realidade capaz de modificar tanto o dia a dia dos profissionais da saúde como o relacionamento com os pacientes.
A grande vantagem da tecnologia é que ela automatiza várias funções e ajuda a oferecer um atendimento mais preciso e adequado.
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Última atualização em 7 de junho de 2022 por Lucas Santos